sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Pensando alto...


Enquanto estamos mergulhados na nossa rotina diária,
diante da tela do computador ou da TV, minutos, horas, meses,
o Universo conspira, transforma, cria.
O tempo não existe, fora de nossa cabeça.
Um dia é lento, outro rápido, nos dando a impressão de que, quando gostamos
daquilo que fazemos, a vida corre, nos dá as costas.
Acho que estamos errados, formamos o conceito de gostar, muito restrito, muito egoísta.
Todos poderíamos gostar, de reinventar a vida, de criar possibilidades,
de conquistar a confiança das pessoas, de não perder o humor e espalhar amor.
Alguns inventaram todas as regras, tendências, modelos.
Seguimos por medo, conforto e vários sufixos ista.
Com certeza, uma vida feliz deveria ser repleta de coisas simples, originais e espontâneas.
Deveríamos viver o agora, celebrando cada novo dia.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Banda portuguesa

Voar

Me conte, desabafe, seja espontâneo!
Solte o grito preso na garganta,
a gargalhada inocente, barulhenta,
a dança original do seu corpo,
as palavras verdadeiras.
Arranque a faca que perfura seu coração.
Deixe se levar pelo vento, que faz seus cabelos voarem.
Admire o céu, durante o dia, durante a noite.
Vá até o mar, batize seu corpo.
Ande descalço, sinta seus pés.
Olhe para dentro de você,
sinta-se livre, puro, completo.
Voe!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Falando em Sol...

Dia de Sol!!

Explosão de Energia, emoções, vontades, cor!
Todo dia tem sua peculiaridade, sua tendência, suas qualidades.
Mas um dia de Sol! Nossa! É muito bom, principalmente na Primavera.
A poesia circula, entranha, conspira, para que o sentimento puro floreça.
Liberta o caminho das profundezas, abre a porta da alegria.
A Inspiração esta sempre por aí, mas nada como o Astro Rei, pra iluminá-la!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Agora

Momento, pequena divisão do tempo, que num dado momento, já passou para outro.
Pode ser intenso, abstrato, concreto, feliz, infeliz e muito mais, de acordo com a lucidez que vivemos, em cada um deles.
Temos momentos inesquecíveis, outros desprezíveis.
Um momento, é um respirar profundo, exalar o vazio.
É preciso ser, estar presente, sentir cada batida do coração.
Hoje, vivemos o momento da tecnologia, longo, intenso.
As pessoas pensam que estão em todos os lugares, desejam se transportar através de um aparelho.
Mas não estão.
Viver, com certeza, é entregar-se a si mesmo, e sentir cada momento, tornando-o único e eterno, enquanto dure.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Felicidade

Hoje é uma tarde nublada, eu comigo,
ouvindo Guns N’ Roses - Knockin on Heaven's Door.
Como são todos os pensamentos, que aparecem do nada,
ou que resultam de inúmeras idéias, nos perdendo do início,
fiquei refletindo sobre a abstrata e desejada Felicidade.
Difícil dizer algo, e não ser contestada,
pois penso que a emoção, o sentimento, a embriaguez,
que causam o prazer maior, está unicamente dentro de nós.
A Felicidade é despertada, desvendada, sentida.
Não dependente, ela está sempre no mesmo lugar.
Felicidade, estado vulcânico,
que transborda, que lava, que alimenta.
Quem dera, esse momento fosse eterno,
então a Felicidade me envolveria, me bastaria.
E a minha vida explodiria como um grande vulcão em erupção,
com sua lava, suas luzes, feitas fogos de artifício naturais.
E agora, na trilha da minha tarde, naturalmente fechou com
Kings of Leon – Use Somebody, que está pra lá de bom.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Colorindo

A tal Classe Social

Estive pensando por um ângulo meu, somente meu, o que seria classe social.
A Wikipédia define: classe social é um grupo de pessoas que têm status social similar segundo critérios diversos, especialmente o econômico.
(Na minha humilde e leiga opinião, é somente o poder, que vem do dinheiro, que define a classe dominante, meio dominante, meio dominada, dominada e totalmente dominada)
Aí temos:
As marcas de produtos alimentícios, cosméticos, higiene, eletrônicos, etc., que de acordo com a minha classe, e meu crescimento, consigo adquirir e consumir, alternando o meu nível. (Tipo brincando no jogo The Sims)
É difícil não se preocupar com isso.
Temos as vezes, de sofrer aqueles olhares, ironias, arrogâncias das classes “dominantes ou meio dominantes”, pois estão correndo pra subir de fase, e vêem o restante como dominados.
Somos como os elefantes, temos tamanho e força, mas deixamos sentarem nas nossas costas,
levantamos a pata, a tromba, em troca de um punhado de açúcar.
Se você quiser saber a qual classe social você pertence hoje, entre na Internet, acabei de descobrir a minha, e que não é mais a pirâmide a figura geométrica que define A B, C e DE,
e sim o losango. A classe C é a dominante.
Nada a ver, se todos ficarmos nus e a pé, existe somente a beleza e a feiúra.
( Isso é outra discussão).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mudando

Resolvi mudar o trajeto do trabalho pra casa.
Ando bem cansado da rotina.
Deixei minhas pernas seguirem o acaso, buscando emoções.
Fiquei olhando na volta, e vi muitas imagens inéditas pra minha memória.
Detalhes de casas, árvores imensas, cortadas, carros velhos, novos, pássaros, cachorros perdidos,
Homens com bigode, mulheres velhas, jovens, crianças brincando, barulho,
Várias flores, nomes de ruas, um universo de componentes.
Pensei que seria muito legal, andar com uma câmera fotográfica.
A partir de amanhã, vou explorar a cidade...

domingo, 22 de maio de 2011

Banda Espanhola. Influências musicais de Hamlet, Metallica, Foo Fighters, 30 Seconds to Mars, Nickelback, entre outras.

O mundo e eu

Estava caminhando num dia de sol, por uma rua movimentada.
Pouco verde, mendigos dormindo nas calçadas.
Em alguns momentos, meu corpo aparecia refletido numa vitrine,
e eu sem poder fugir, olhava pra ele, separado, com vida própria.
As pessoas tinham diversas caras, várias cores de cabelo.
Aos poucos, fui me distanciando de tudo.
Ficaram todos mudos, os carros com pouco volume.
Meu MP3 estava ligado, fones no ouvido, música rolando.
Eu, vendo um cenário.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Best Metal Guitarist - ex banda Ozzy, sua banda BlackLabel Society

Abrindo as asas

Quando olho pra frente,
espero encontrar o caminho.
A distância me assusta, o fim não existe.
Você não está lá.
Olho pra trás e perco sua mão.
Estou no meio do foi e será.
Mergulho no escuro e flutuo no ar.
Relaxo nas nuvens, olhando para o mar.
Você me tocou, acordei.
Estou no agora pra sempre.
Vou voar, sem medo de te perder.
Me dê sua mão, vou levar você.
Vou abrir suas asas.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Olha só o que Rodney Mullen faz com seu Skate

No espelho do banheiro

Amanheceu.
Aos poucos, a luz do sol foi invadindo todos os cantos do planeta.
Enquanto isso, eu no meu quarto escurecido, sonhava alguma coisa.
Acordei depois de algumas horas, e com muito esforço e determinação, consegui levantar da cama.
Fui até o banheiro meio tonta, peguei minha escova de dentes, e parecendo me olhar pela primeira vez no espelho,
fiquei perplexa.
Encarei a pessoa refletida, e sem querer, mergulhei nos olhos dela.
De repente, não sabia mais quem eu era, como se um véu tivesse aos poucos, desvendado uma imagem mais nítida.
Naquele momento, senti o peso de várias máscaras, que uso dependendo da situação.
Caíram todas.
A ausência de cada uma, fazia com que me sentisse mais leve e limpa.
Senti meu corpo flutuar, livre.
Escovei os dentes pela primeira vez, beijei a pessoa no espelho. Minha íntima companheira.
Vesti uma calça jeans, aquela mais velha, preferida e uma camiseta.
Comi uma maça, doce, fresca, vermelha.
Abri a porta de casa.
O dia estava azul e eu era outra, viva.
Fui caminhando, assobiando uma música...

Eu gosto

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Vou me entorpecer, bebendo vinho

Estávamos Jack e eu, assistindo um show de uma banda conhecida, atirados no sofá, tomando vinho.
Estavam tocando uma música antiga, com novo arranjo.
Naturalmente, iniciamos uma conversa sobre a eternidade das coisas.
- Bah cara! Essa música é velha!
- Essa regravação, ficou bem melhor que a original!
A partir daí, começamos a divagar sobre criação, cópia, modificação.
Percebemos que a roupa dos integrantes da banda, eram modelos já usados pela gente, faz muito tempo atrás.
É difícil ser original hoje.
Tu vai comprar uma roupa na loja, e encontra tendências, tipo te obrigando a usar, pra te sentir engajado, integrado,
aceito por todos.
Se tu não tiver um cartão de crédito, ou vários, não poderás comprar o que precisas, pra parecer bem vestido, todo dia.
Tudo é muito caro.
Carro então, a gente só admira, deseja.
Desde o nascimento, somos educados pra ir atrás do consumo, da aparência.
Cópia de nossos pais, avós, do homem moderno.
Hoje tudo é cópia.
Se tu cria uma música, ela terá acordes, estilo, de bandas que te influenciaram. Terá um nome rótulo.
O sapato que tu usa, foi copiado da Europa.
O computador tem uma nova versão, mais bonita, mais cara, com algumas coisas que tu não vai usar,
mas que é obrigatório possuir, pra não se sentir antigo, arcaico, POBRE.
No Google, se tu quiser dar nome pra alguma coisa, vai ter que ralar pra inventar um que não exista.
O celular qualquer hora, vai deitar no teu colo, pedindo cafuné. O novo tamagotchi.
- Bah Jack, vamos parar com essa conversa.
Não vai dar em nada.
Ninguém quer saber disso.
A humanidade já tem sua marcha, a maioria no mesmo passo.
É melhor a gente assistir o show.
- Tá bom, deixa pra lá.
Aumenta o som!!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Amigos imaginários, ou não

Sentia frio, estamos no outono.
Aos poucos, sem querer, meus pensamentos me levaram pra minha infância.
Tenho 20 anos, isso pra mim é muito longe.
Bah cara, lembrei dos meus amigos imaginários.
Isso é muito louco. Chamavam-se Aqui e Agora.
O Aqui, era quem me dava a localização de tudo, me ajudava a subir em árvores, andar de bicicleta, saltar buracos, achar um esconderijo.
Com ele, eu me sentia dono do mundo.
Não existia nenhum lugar, além do exato lugar em que eu estava.
O Agora, era um guri do tempo.
Ele me ajudava a sentir tudo, em cada minuto que nos encontrávamos juntos.
Com ele, não interessava quanto tempo havia passado, ou quanto faltava passar, mas, e somente a intensidade.
Éramos unha e carne.
Até que fui crescendo, perdendo o contato com eles.
Foram me apresentando outros amigos, desta vez reais, o Passado e o Futuro.
Não consegui mais viver sem eles.
Se por um momento esqueço deles, caio num vazio que dá medo, perco o chão.
O frio continuava.
Ouvi um som que vinha de muito longe.
Não conseguia identificá-lo. Foi ficando mais forte, mais forte...
Acordei.
Era meu celular tocando. Não deu tempo de atender.
Puxei meu edredom e vi que perdi a hora.
Deitei pra dar um cochilo depois do almoço, e ferrei no sono.
Tinham várias mensagens recebidas, ligações perdidas.
Vou responder todas rapidamente, antes de sair correndo para o trabalho.
Que sonho louco meu!
Parecia real!!

Minha, tua, nossa realidade

Chegou o momento.
Ligo o estabilizador, a CPU, o monitor.
Aguardo alguns segundos, e a janela se abre, brilhante, o fundo com minha foto escolhida, temporária.
Clico nos atalhos, que levam diretamente para os mesmos lugares conhecidos, públicos, mas para mim, como
um vidro blindado a me proteger dos males e chatices do mundo.
Basta um clique e oculto minha presença.
Fico ali, minha janela e eu, de onde vislumbro aquilo que quero.
Digito rapidamente respostas no MSN.
Domino totalmente o diálogo digital.
Ligo a Webcam para alguns, tornando mais próxima nossa conversa.
Em paralelo, posto novidades no meu blog, dou uma olhada nos que sigo, respondo scraps no Orkut, olho atualizações
de meus amigos, fico twitando alguns minutos e acompanho meus vídeos favoritos no youtube.
Horas passam.
Da janela ao meu lado, que dá para o jardim, vejo que anoiteceu.
Lembro que queria ter passeado com meu cachorro, admirado a primeira rosa branca desabrochada, mas foi um
pensamento muito rápido.
Ainda tenho que ler e-mail’s. Deletar muitos, responder alguns.
Meu irmão quer usar o PC.
Pra mim ainda não é hora de me desconectar.
É um mundo de dimensões, onde qualquer pessoa pode tornar seus pensamentos, suas fotos, seus talentos e tudo que
quiser, parcialmente ou completamente públicos.
O que continua privado para sempre, é o EU, que só a gente conhece e sente, aprisionado, calado.
Fecho todas as janelas abertas, deixando a tela somente com meus atalhos e foto.
Meu irmão entra no seu usuário, vão aparecendo seus atalhos e seu fundo, escolhido, temporário.
Deixa-se sugar pelo seu mundo digital.
Carrega o jogo da hora, onde já está no level 40, ele é muito bom nisso.
Já tem vários poderes, inclusive o de voar.
Por algumas horas, ele é o personagem, voando, matando monstros e cumprindo missões.
Outras vezes, armado, matando inimigos escondidos.
Por sorte da humanidade, mentes criaram tudo isso, para nos salvar do tédio da vida real.